quinta-feira, 3 de junho de 2010

Keith Haring

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Curiosamente, e durante muito tempo, pensei que se tratava de uma mulher. Keith Haring soava-me a nome feminino, talvez uma mulher inglesa com alguma idade, dotes artísticos, jeito para o desenho e uma imaginação prodigiosa. Mas não. Keith Haring era um jovem americano, homossexual assumido, dotado de uma capacidade enorme para criar e surpreender.
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Representante da cultura nova-iorquina dos anos 80, artista gráfico, activista, contestatário, pintor de rua, homem do mundo. Keith Haring começou a ganhar notoriedade ao desenhar a giz nas estações de metro de Nova Iorque. Combinando arte, música e moda nas suas obras, rompeu barreiras entre as diferentes áreas e marcou claramente uma cultura urbana de pendor vanguardista.

Haring faz parte daquele grupo de quatro ou cinco artistas que me impressionam. A criatividade e a facilidade com que desenhava, a originalidade e o movimento dos seus desenhos, as cores e a luz... Em tão pouco tempo de vida, produziu uma obra vastíssima e deixou uma marca insubstituível. A sua iconografia é uma mistura de elementos sexuais com discos voadores, pessoas, animais, pirâmides, televisões, telefones; Uma visão particular do mundo que o tornou um dos artistas mais conhecidos do século XX.

“Estudou na Ivy School of Art em Pittsburgh e, mais tarde, na School of Visual Art em Nova Iorque. Conhece Warhol, Basquiat, Hopper e Burroughs, no início da década de 80. Produz vários murais em Nova Iorque, Milwaukee e Tóquio. Esta era uma forma de tornar o seu trabalho acessível ao grande público. Produz desenhos de cena para várias peças teatrais e, em 1989, organiza um projecto que envolveu 300 escolas na pintura de um mural em Chicago. Com o objectivo de apoiar projectos de índole social, fundou a Keith Haring Foundation. As suas pinturas apresentam figuras humanas e animais muito esquemáticos, de cores luminosas, rodeadas por um contorno negro. Com o objectivo de tornar a sua arte disponível a todos, divulga-a através de T-shirts, pins e murais pelo mundo”.
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A sua última obra pública foi realizada em 1989, perto da igreja de Sant'Antonio Abate, em Pisa, Itália - o grande mural intitulado Tuttomondo, dedicado à paz universal.

Keith Haring morreu aos 31 anos de idade, vítima de Sida. Em Fevereiro passado, completaram-se vinte anos desde o seu prematuro desaparecimento.

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