segunda-feira, 1 de junho de 2009

iSketches - Nova York na Ponta dos Dedos

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Há cerca de um mês atrás, Inês Pedrosa, na sua crónica semanal no Semanário Expresso que aqui transcrevi, com o título “Cultura Americana”, falou de passagem sobre Jorge Colombo. “O que eu mais gosto de fazer em Nova Iorque é andar a pé. O meu amigo Jorge Colombo, que mora nela há muitos anos, habituou-me a passear pela cidade como por um imenso e mutante museu.


As ruas de Nova Iorque são um mostruário do mundo e um caudal de inspiração. Acresce que ao lado do Jorge é impossível deixar escapar um qualquer pormenor deste particular universo urbano. Depois dos dailies (retratos de nova-iorquinos sortidos), Colombo faz agora iSketches, desenhos da cidade no iPhone, a pinceladas fortes, com a ponta dos dedos - a inovação foi saudada na comunicação social americana e inglesa e eis que, no auge da crise, Colombo se viu convidado para expor e vender estes trabalhos numa galeria de arte virtual”.
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Português de nascimento, emigrante por vontade, Colombo é mais um daqueles portugueses que alcançam o estrelato depois de deixarem o país.


Pouco tempo depois desta crónica, a sua capacidade artística e o seu poder de inovação vinham à ribalta com o convite da famosa revista “New Yorker”, com quem colabora desde 1994, para desenhar a capa da próxima edição. Para tal utilizou uma técnica inovadora, em que se tornou especialista, uma aplicação do telemóvel em que o visor se transforma numa tela e o pincel é o dedo do utilizador. O resultado são imagens digitais que se assemelham por vezes a uma pintura impressionista. Para a capa da "New Yorker", desenhou uma paisagem urbana enquanto esperava para entrar no museu Madame Tussaud, em Times Square.


Nascido em Lisboa em 1963, Jorge Colombo vive há vinte anos nos Estados Unidos, desde 1998 em Nova Iorque e a cidade tem sido o cenário eleito para dezenas de fotografias e desenhos em aguarela, centrados em cidadãos anónimos, transeuntes, com quem se cruza naquela cidade.

Foi ainda co-autor do romance fotográfico "Do grande e do pequeno amor" precisamente com Inês Pedrosa. Romance fotográfico, metade texto e metade fotografia, conta a história de um casal que se separa de vez, para voltar a reunir-se, a separar-se, a reunir-se ...

Deixo a seguinte passagem “Ninguém precisa de ninguém para o exercício do sexo - do que todos precisamos é do amor dos outros. O amor pequeno, parcelar, da ternura e da vaidade; e o amor grande, que se nos entranha como um órgão imaterial e nos faz respirar por toda a vida.”

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