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Volto a falar neste espaço de pessoas que me são próximas. Faço-o porque aprecio o trabalho delas e tenho muito orgulho na nossa amizade e na proximidade de contacto que mantemos. Faço-o também e sobretudo pela qualidade incontestada das obras e pelo valor publicamente reconhecido dos trabalhos, agora na fotografia, antes na pintura. Desta vez, Carlos Medeiros que conheço desde sempre, primo e amigo, filho de primos que muito me influenciaram e ajudaram a moldar a minha personalidade, com eles convivi, com eles aprendi.
:Volto a falar neste espaço de pessoas que me são próximas. Faço-o porque aprecio o trabalho delas e tenho muito orgulho na nossa amizade e na proximidade de contacto que mantemos. Faço-o também e sobretudo pela qualidade incontestada das obras e pelo valor publicamente reconhecido dos trabalhos, agora na fotografia, antes na pintura. Desta vez, Carlos Medeiros que conheço desde sempre, primo e amigo, filho de primos que muito me influenciaram e ajudaram a moldar a minha personalidade, com eles convivi, com eles aprendi.
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O Carlos possui uma faceta própria e muito particular, uma sensibilidade apurada e um humor genuíno regado por uma ironia inteligente. Aprecio a sua companhia e enriqueço-me com a sua cultura. Açoriano “acontinentalizado” que traz os Açores no coração. Regressa a casa amiúde e privilegia os seus conterrâneos com o lançamento das exposições de fotografia que prepara.
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Foi ontem na Cinemateca pelas 20 horas inaugurada a sua exposição Insomnia, que já tinha estado patente em Ponta Delgada, o ano passado. Amigos e muitos conhecidos estiveram presentes e puderam apreciar, mais uma vez, a qualidade dos seus trabalhos e a originalidade das suas criações. Segundo o texto de divulgação, “Trata-se de uma exposição composta por um conjunto de fotografias a preto e branco, sem títulos, inspiradas no imaginário do film noir dos anos 1940 e 1950. A ele reenviam as imagens nocturnas e contrastadas, as sombras projectadas sobre as paredes e as ripas dos estores que fecham o espaço do cenário único do quarto não lhe permitindo, nem à personagem que o habita, a abertura ao exterior. Mas também o compasso do tempo marcado pela passagem das horas no relógio de parede ou a ideia de uma narrativa centrada na espera e na ansiedade.”
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Melhor do que a minha apreciação tendenciosa, as palavras de Fátima Borges que introduziram a exposição nos Açores: “Carlos Medeiros faz fotografia conferindo a cada uma e a toda a sequência das imagens um sentido narrativo sem desfecho, utilizando sombras dramáticas e alto contraste. Não só se apodera do limitado espaço que meticulosamente compôs para uma mulher atormentada, como o sujeita a várias focalizações e jogos de captação daquele sentido, que se pretende linearmente expresso, mas que permanece radicalmente oculto. O clima destas fotografias é o de quem se confina a um quarto, a parte de um quarto que nada logra e, no entanto, se mantém permeável a uma qualquer realidade exterior: o silêncio do telefone, a velada janela, a mala de uma possível viagem, a atitude vigilante ou expectante da personagem cuja natureza contingente se deixa transcender por uma luz que a fere e a redime.
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Talvez seja timbre da arte fotográfica de Carlos Medeiros a representação cuidada da ambiguidade ou da fronteira entre opostos: um corpo recuado em aconchegos, amigo de si próprio, e inimigo de si próprio na derrota e extrema desolação”.
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Ou ainda como o descreveu Teresa Siza: “É um olhar intemporal, deliberadamente estético e reestruturador de fragmentos – esses fragmentos com que, cada vez mais, percepcionamos o que nos rodeia porque os fotógrafos assim o inventaram para nós.”
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Deixo uma entrevista do Carlos, realizada nos Açores e ainda, a transcrição de uma parte da sua biografia: “Carlos Medeiros nasceu nos Açores e reside em Lisboa. Começou a fotografar na década de setenta mas só expôs com regularidade a partir dos anos oitenta. Participou em inúmeras exposições colectivas, sendo de salientar as realizadas no Espace Photo-Angle, Montpellier, França; The Bermuda National Galery; Museum of Modern Art, New Bedford, EUA.
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Deixo uma entrevista do Carlos, realizada nos Açores e ainda, a transcrição de uma parte da sua biografia: “Carlos Medeiros nasceu nos Açores e reside em Lisboa. Começou a fotografar na década de setenta mas só expôs com regularidade a partir dos anos oitenta. Participou em inúmeras exposições colectivas, sendo de salientar as realizadas no Espace Photo-Angle, Montpellier, França; The Bermuda National Galery; Museum of Modern Art, New Bedford, EUA.
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Imnsonia - fotografia de Carlos Medeiros from ARTilharia TV on Vimeo.
Individualmente, e por ordem cronológica, expôs no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Embaixada de Portugal de Cabo Verde; Mois de L’ Image – Castre, França; Galeria Palmira Suzo, Lisboa; Teatro Nacional Dona Maria II; Galeria de Exposiciones Vaquero Poblador- Badajoz , Espanha; Casa da Cultura de Villa Franca de los Barros, Espanha; Galeria das Artes de Ponta Delgada; Galerie Ombres Blanches – Toulouse, França; Centro Português de Fotografia, Porto e Galerie Le Parvis, França.
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Regularmente efectua fotografias para cartazes de teatro, especialmente em França. Em 2005 com o apoio da Deputación de Badajoz publicou o livro Tierras (diálogo Godofredo Ortega Munoz / Carlos Medeiros e textos de Michele Lepicouché)
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Regularmente efectua fotografias para cartazes de teatro, especialmente em França. Em 2005 com o apoio da Deputación de Badajoz publicou o livro Tierras (diálogo Godofredo Ortega Munoz / Carlos Medeiros e textos de Michele Lepicouché)
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Encontra-se representado nas colecções da Galerie du Chateau D’ Eau – Toulouse, Teatro Dona Maria II, Cinemateca Portuguesa de Lisboa, Centro Português de Fotografia do Porto, bem como em inúmeras colecções particulares.
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