quinta-feira, 22 de abril de 2010

Rizzi e Fazzino

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Rizzi e Fazzino são dois dos mais populares artistas de Nova York. As suas obras encontram-se em todas as galerias, desde as terrenas, próximas do turista e do leigo, até às mais requintadas e distantes, só acessíveis aos mais abonados. Eles introduziram um novo conceito, a pintura e o desenho tridimensional, muito colorido e animado, uma espécie de banda desenhada bastante mais elaborada.
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Aprecio particularmente a obra de James Rizzi, encontro nela algumas semelhanças com as cores e os desenhos de Keith Hering que me fascinam e sobre quem escreverei em breve.



James Rizzi nasceu em Brooklyn e vive actualmente em Nova York. Nas suas obras este aspecto é claramente evidente; variados desenhos e representações associadas à cidade, aos seus rituais e costumes, por isso mesmo, Rizzi é considerado um artista "urban primitive"; o assunto principal das suas obras é a celebração da cidade e da sua feliz infância. Segundo reza a sua biografia, em 1974, Rizzi conheceu casualmente, na “Greenwich Village Art Fair”, o escultor de renome internacional, Chaim Gross, que tinha uma relação familiar com Red Grooms, o famoso artista americano de “pop art”. Red Grooms é o verdadeiro “multimedia artist”; apesar de ter nascido em 1937, ficou conhecido pelas suas instalações coloridas de “pop-art” retratando cenas frenéticas da vida urbana actual. Rizzi foi muito influenciado por ele e beneficiou também da sua influência e dos seus conhecimentos no mundo da arte.
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Actualmente, James Rizzi é um artista reconhecido e apreciado internacionalmente - a sua fama na Alemanha constitui um bom exemplo. Os seus trabalhos e a sua matriz têm-se vindo a alargar a várias áreas, é habitual encontrarmos aviões, automóveis e prédios inteiros, decorados com os seus desenhos. Mais recentemente, foi o primeiro artista estrangeiro convidado pelo governo alemão, para desenhar uma colecção de selos.
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Quanto a Charles Fazzino, as suas obras, em tons mais carregados e profusamente decoradas, por vezes até com adereços externos como cristais, transmitem uma maior artificialidade e um ar excessivamente kitsch, com o qual não simpatizo particularmente. Apesar desta opinião pessoal, as suas obras são igualmente reconhecidas internacionalmente e encontram-se representadas nas melhores galerias de arte do mundo. Filho de emigrantes com veia artística, cedo incorporou os mesmos valores e um apurado sentido estético, bem patente em muitas das suas obras.
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Fazzino é também um inovador e um criativo, sendo notória uma certa disputa com Rizzi pelo protagonismo e pelo mediatismo. Também ele foi um criador da representação tridimensional e é procurado pela exclusividade da sua “silkscreen serigraphs collection”. Aprendeu esta técnica em 1980 quando participava numa feira de arte na Florida e rapidamente a adaptou à sua produção artística, tendo realizado a sua primeira exposição com obras em 3D no “Greenwich Village Art Show” de Nova York, em 1980.

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Rizzi e Fazzino são dois representantes de uma geração de artistas urbanos americanos e as suas obras encontram-se indissociavelmente ligadas a Nova York. Pertencem também a um grupo de artistas seguidores da “pop-art” americana que tem em Andy Wharhol, Keith Hering e Roy Lichenstein os seus principais representantes.

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