Há cerca de um ano atrás passei uma noite memorável em Washington DC. Assisti em directo à eleição do primeiro afro-americano como Presidente dos Estados Unidos, um feito único na história da maior democracia do mundo. Recordo que chovia copiosamente, mas as ruas estavam apinhadas, os festejos inundaram a capital dos Estados Unidos e a alegria transbordante contagiou toda a gente. Brancos, negros, amarelos, todos numa comunhão de sentir vibraram com este acontecimento único.
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Passado um ano, Obama continua a incendiar multidões, agora com um pouco menos de chama, talvez, continua a cativar e a influenciar o mundo com o seu poder de persuasão e a sua auréola de santidade. De qualquer forma, o tempo passa e começa a tornar-se inevitável sair da zona de conforto que tão habilmente consegue criar à sua volta. Se passar esta provação e souber lidar com a necessidade de tomar decisões difíceis e causar desconforto, será endeusado; caso contrário, dificilmente continuará a usufruir do património de confiança que democratas e republicanos lhe proporcionaram.
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Michael Bloomberg é um milionário de origem judia, russa e polaca, o oitavo homem mais rico dos Estados Unidos, dono da Bloomberg L:P uma empresa de software financeiro. Democrata, Republicano, independente, Bloomberg é acima de tudo um especialista de relações humanas. Formado em Harvard, tem revelado uma grande proximidade para com Obama, que, apesar de não o apoiar directamente, recusou apoiar publicamente o candidato do seu partido, William Thompson, que ainda assim obteve 46% dos votos.
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A vitória teve uma dimensão bem inferior ao previsto e foi a menor diferença das três vezes que Bloomberg concorreu ao City Hall. As pesquisas apontavam para uma diferença de 12 pontos que não se veio a concretizar. “Thompson conseguiu reduzir esta margem com elevada participação de regiões negras e hispânicas, como o Harlem e o Bronx, onde o democrata é mais popular”.
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A vitória teve uma dimensão bem inferior ao previsto e foi a menor diferença das três vezes que Bloomberg concorreu ao City Hall. As pesquisas apontavam para uma diferença de 12 pontos que não se veio a concretizar. “Thompson conseguiu reduzir esta margem com elevada participação de regiões negras e hispânicas, como o Harlem e o Bronx, onde o democrata é mais popular”.
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Michael Bloomber deve constituir uma referência de isenção e de integridade para muitos representantes políticos de muitos países. Quando chegou ao poder, em 2001, renunciou ao salário do cargo e pelo seu trabalho recebe um simbólico dólar anual. As democracias do mundo necessitam de homens com esta envergadura.
1 comentário:
Gerir uma cidade com 10 milhões de habitantes, com as mais diversas etnias e culturas, sempre me surpreendeu pelo gigantesco desafio que encerra. Mas, hoje, Bloomberg causa-me mais que surpresa. É com admiração e expectativa que aguardo o cumprimento da sua ambiciosa "carta" de compromissos: mais segurança, mais emprego, mais árvores... mais razões para viver, ou simplesmente visitar NY.Sendo possível tudo a que se compromete, NY continuará a deslumbrar(-me). Quantas das jovens democracias europeias não precisariam de um líder assim...
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