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As previsões económicas da OCDE são no mínimo aterradoras para Portugal: “Portugal será o segundo país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com o menor crescimento entre 2011 e 2017 e os portugueses continuarão a afastar-se do nível de vida ostentado pelos países da Zona Euro. O país, a confirmarem-se as previsões de médio prazo, não conseguirá criar emprego nos próximos oito anos, nem atingir o equilíbrio orçamental”.
:As previsões económicas da OCDE são no mínimo aterradoras para Portugal: “Portugal será o segundo país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com o menor crescimento entre 2011 e 2017 e os portugueses continuarão a afastar-se do nível de vida ostentado pelos países da Zona Euro. O país, a confirmarem-se as previsões de médio prazo, não conseguirá criar emprego nos próximos oito anos, nem atingir o equilíbrio orçamental”.
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Serão estas previsões suficientes para que os portugueses tomem consciência da situação actual e das perspectivas futuras? Serão as estimativas da OCDE suficientemente reveladoras da nossa incompetência e da nossa incapacidade? Face a um cenário arrepiante como este o que podemos nós fazer? Estaremos nós condenados à mediocridade e à degradação inevitável da nossa qualidade de vida?
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Confesso que me preocupa sobremaneira o estado actual do país e estou muito pessimista relativamente ao futuro. Parece-me que piorámos a todos os níveis, nos últimos anos, e a ideia ténue, de final dos anos oitenta, de que éramos o bom aluno da Europa desvaneceu-se por completo.
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Agora estamos piores em vários indicadores internacionais: “O sistema de saúde português está entre os piores da Europa. Tempos de espera elevados e falta de acesso rápido ao médico de família atiram Portugal para o 25.º lugar entre 33 países europeus. O mais recente índice europeu do consumidor e dos cuidados de saúde elaborado pelo "Health Consumer Powerhouse", com o apoio da Comissão Europeia, mostra que Portugal não foi além dos 574 pontos em mil possíveis, o que o coloca na 25.ª posição, atrás de países como a Macedónia, a Croácia ou a Espanha”.
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“Descemos novamente no ranking anual sobre a percepção da corrupção, segundo um relatório divulgado pela organização não-governamental “Transparency International”. O país obteve 5,8 pontos, numa escala de zero (altamente corrupto) a dez (altamente limpo), contra 6,1 pontos no ano passado, caindo da 32ª para a 35ª posição, entre 180 países avaliados”.
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“Dos 19 ministros das Finanças europeus avaliados pelo Financial Times (FT), Teixeira dos Santos surge em 15º, uma posição que o coloca perto do fundo da tabela”.
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Para terminar, e ainda no relatório da OCDE: “o crescimento médio anual da economia portuguesa não irá além de 1,4%. Apenas o Japão está atrás do desempenho português, com 1,2%, enquanto a Zona Euro cresce 2,1% e o conjunto dos 30 países da OCDE registam uma expansão de 2,6%. Em 2017, a taxa de desemprego será de 7,4% em Portugal, maior que a prevista para o conjunto das 30 nações (6%), mas inferior à indicada para a Zona Euro (8,5%). Nas contas públicas, depois de um défice de 7,8% do PIB em 2011, o país alcançará um desequilíbrio de 1,4% em 2017, enquanto a dívida pública estará nos 106% da produção final”.
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Apenas alguns exemplos recentes da nossa brilhante actuação e a preocupação genuína com o futuro e com deterioração da nossa qualidade de vida. Tudo isso deve fazer-nos pensar, e muito!
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