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Os Estados Unidos celebram hoje, quarta 5ª Feira do mês de Novembro, o “Thansksgiving Day”. Uma tradição secular que se transformou num feriado nacional em 1941. Historicamente surgiu como uma cerimónia religiosa para dar graças e agradecer a Deus pelas colheitas, pela comida, pela protecção em termos gerais.
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São várias as versões sobre a sua verdadeira origem e sobre a data e o local da primeira celebração. A mais utilizada aponta para a “Plymouth Plantation” em 1621, aquela que haveria de se tornar uma das 13 colónias que deram lugar aos Estados Unidos da América. Esta primeira cerimónia durou cerca de três dias e teve como propósito agradecer a Deus a ajuda que concedeu aos “pilgrims” (primeiros habitantes), permitindo-lhes sobreviver a um Inverno rigoroso e difícil.
:São várias as versões sobre a sua verdadeira origem e sobre a data e o local da primeira celebração. A mais utilizada aponta para a “Plymouth Plantation” em 1621, aquela que haveria de se tornar uma das 13 colónias que deram lugar aos Estados Unidos da América. Esta primeira cerimónia durou cerca de três dias e teve como propósito agradecer a Deus a ajuda que concedeu aos “pilgrims” (primeiros habitantes), permitindo-lhes sobreviver a um Inverno rigoroso e difícil.
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A partir de 1863 transformou-se num tradição anual e gradualmente foi deixando a sua componente religiosa, sem dúvida a sua matriz de origem, passando a uma celebração da família cada vez mais mundana.
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O “Thanksgiving Day” é actualmente um dia de festa e de celebração, um dia da família e de convívio que se enraizou no espírito americano e que é vivido de forma intensa e dedicada por todas as classes, por todas as raças e credos, assumindo até um papel mais relevante do que o próprio Natal, uma verdadeira celebração do “melting pot” americano.
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Este ano o discurso do Presidente faz referência às dificuldades da economia, ao drama do desemprego e aos americanos que se encontram um pouco por todo o mundo, em especial os que se encontram em teatros de guerra. Partilha algumas das medidas que está a preparar no sentido de combater o desemprego, em particular uma baixa de impostos para revitalizar a economia, e a reforma da saúde que gradualmente tem vindo a tomar forma. É quase inevitável não ser contagiado pelo discurso credível, genuíno e empenhado deste Presidente. Estamos todos esperançados em melhorias significativas para o próximo “Thanksgiving”, como refere também Obama.
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Este dia, à semelhança do “Thanksgiving” de 1939 ocorre num tempo difícil, vive-se uma recessão que apesar de diferente nos aproxima da Grande Depressão de então. Naquela altura, e pela primeira vez, o Presidente Roosevelt resolveu quebrar a tradição e antecipar a data das festividades com o propósito de alargar o período de compras antes do Natal, aumentando assim a possibilidade de receitas para o comércio e revitalizando a economia. A grandeza de Roosevelt é aliás indiscutível e reconhecida por todos, muito lhe devem os americanos, a sua capacidade de liderança, a sua inteligência e a sua coragem foram decisivas para a recuperação americana. Muito lhe deve o mundo e em especial nós europeus pela entrada dos americanos na II Guerra Mundial e pela sua ajuda inestimável na defesa da liberdade.
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Há um ano atrás passei este dia com uma típica família americana, numa Washington DC fria e chuvosa, a despedir-se das cores do Outono e a receber, de braços abertos, o Inverno de sempre. Fui acolhido por pessoas que não conhecia e nunca tinha visto, através do Program Fulbright a que pertencia. Foi uma das mais interessantes experiências da minha estadia e permitiu-me viver de perto esta celebração e comprovar a hospitalidade e a simpatia deste povo. Tivemos uma refeição típica com o tradicional peru, assisti ao ritual da sua preparação, o recheio (stuffing), e “mashed potatoes with gravy, sweet potatoes, cranberry sauce, sweet corn”, e o “pumpkin pie”. Deste dia fica-me a imensa capacidade para partilhar, o respeito pela diferença e a genuína vontade de conhecer e de aprender.
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Este ano participei no “Thanksgiving Dinner” organizado pela Comissão Fulbright que reuniu estudantes americanos que estão em Portugal, estudantes portugueses que se preparam para a sua aventura académica nos Estados Unidos e representantes de várias entidades, em particular a “Counselor for Public Affairs” da Embaixada Americana em Lisboa, a Dra. Abigail L. Dressel que partilhou uma mensagem do Presidente. É gratificante sentir que os Estados Unidos continuam interessados em partilhar a sua cultura, os seus conhecimentos e o acesso privilegiado ao saber, espero que assim nós os aproveitemos e consigamos aplicá-los a bem do nosso país.
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