
Segundo o Semanário Sol, a Comissão Europeia considera que o computador Magalhães é ilegal e resulta da violação das leis da concorrência, uma vez que o Governo avançou para esta empreitada com contratos por ajuste directo. O tratamento desigual entre empresas leva Bruxelas a considerar que faltou transparência na forma de agir de Portugal.
“A Comissão Europeia (CE) considera que Portugal infringiu as leis comunitárias da concorrência ao adjudicar por ajuste directo, e não por concurso público, todos os programas governamentais ligados ao Plano Tecnológico da Educação. Está em causa a distribuição gratuita ou a preços reduzidos de mais de um milhão de computadores a alunos e professores – incluindo os 500 mil ‘Magalhães’ que o Executivo de José Sócrates prometeu distribuir pelos alunos do 1.º Ciclo.
As conclusões da Comissão liderada por Durão Barroso são preliminares e fazem parte da chamada fase pré-contenciosa da acção. Esta foi instaurada por incumprimento de Portugal da directiva 2004/18/CE (norma que regula a contratação pública na UE, de forma a assegurar a livre circulação de bens e serviços no Mercado Único Europeu). O processo nasceu de uma queixa apresentada pela empresa Accer na Direcção-Geral do Mercado Interno.” (Semanário Sol)

Continuam os exemplos indecorosos, a que nos temos vindo a habituar, continuam as medidas dúbias e enviesadas. Como poderemos nós incutir ética, princípios e moral a este nosso povo inculto e permeável, quando todos os dias os nossos mais altos representantes democráticos nos premeiam com exemplos deste teor?!
Na realidade, e contrariamente ao que muitos possam pensar, esta ideia brilhante do Magalhães não nasceu em Matosinhos, na J.P Sá Couto.

Em 2004/2005 Nicholas Negroponte, fundador do Media Lab. do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e criador da organização sem fins lucrativos, One Laptop Per Child (OLPC), desenvolveu um computador, um laptop barato e leve, cujo objectivo era chegar a crianças entre os 6 e os 12 anos, em países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento.
Negroponte veio revolucionar este mercado, fazer um ataque frontal à indústria de tecnologia, que tem no motor da inovação, de softwares com mais e mais recursos e de hardware mais velozes, o seu modelo lucrativo de negócios. Viaja pelo mundo, fala com chefes de estado, ministros, empresários e banqueiros, dá conferências, participa em encontros e palestras, sempre com o propósito de divulgar este seu produto, alcançando mais uma vez, uma divulgação e uma penetração extraordinárias do modelo americano e um tributo, sem precedentes, ao conhecimento e à educação. Deixo este video de uma palestra de Negroponte sobre a sua história e sobre o produto que criou:
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